Ovos Fabergé: uma sofisticação para a Páscoa

Peter Carl Fabergé marcou a história da alta-joalheria com os presentes de Páscoa mais valiosos e sofisticados que qualquer chocolate: os ovos Fabergé.

Junto com seu irmão Agathon, Peter Carl Fabergé assumiu os negócios de joalheiro de seu pai em 1882. Embora seus feitos no ramo foram bem sucedidos, o mais icônico de todos foram os Ovos Imperiais, considerados hoje como obras de arte. Mas como tudo isso tomou forma?

Já tendo conquistado o gosto da monarquia russa da época com suas criações, Peter Carl Fabergé recebeu uma encomenda inusitada do czar Alexandre III para presentear sua esposa Maria Feodorovna na Páscoa: um ovo feito de joias.

Junto com as instruções do Imperador, Fabergé então confeccionou o inusitado pedido. O que parecia ser algo estranho, se tornou em um sonho real: o ovo que inicialmente possuía uma casca branca, abria-se para uma gema feita de ouro que revela-se um pequeno pássaro de ouro e um belo pingente de rubi.

A partir de então, os ovos de joias se tornaram tradição para a família imperial. Com total liberdade, Fabergé podia produzir ovos cada vez mais aprimorados e sofisticados. Imagina durante a festa da Páscoa? Devia ser o momento. A produção dos Ovos Imperiais acompanhou a família Romanov até a sua queda. Durante o regime de Alexandre III, Fabergé chegou a produzir dez ovos, já durante o regime de seu sucessor, Nicolás II, o joalheiro produziu mais de 40 ovos, já que todo ano, o imperador encomendava um para a sua mãe e outro para sua esposa, continuando a tradição.

Exemplo: réplicas dos Ovos Fabergé.

Um dos ovos mais icônicos do joalheiro é o de 1897, feito para Nicolas II presentear a sua esposa Alexandra Feodorovna. Feito para homenagear sua chegada em Moscou e sua cerimônia de coroação, sua concha externa é feita de ouro, com esmalte guilloché amarelo translúcido e águias de esmalte preto cravejadas de diamantes, que lembravam o manto que a imperatriz usava na cerimônia. Ao abrir o ovo, uma réplica perfeita da carruagem do século XVIII de Buckendahl, que continha uma gota de esmeralda.

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